O protestantismo hoje não quer ser protestante. Isto se deve pelo fato da
apologética católica estar sempre mostrando aos cristãos em geral a origem da
fé protestante, que não é uma fé legitimamente cristã, mas uma dissidência da Igreja fundada e instituída por Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Quando a genelogia protestante é mostrada às claras, isto
gera um grande incômodo no meio protestante, já que arrogam guardarem o
Verdadeiro Cristianismo.
Lembro-me bem quando era
adoleceste e congregava na Igreja Luterana, mensalmente recebíamos um livrinho
bem pequeno intitulado "Castelo Forte". Num destes exemplares, li
sobre a "apostasia" da Igreja Católica, e que os Cristãos que
desejavam permanecer fiéis a Cristo tiveram que sair da Igreja Apostólica.
Não só este periódico
Luterano, mas ainda outros que li na mesma época, se referiam à Igreja Católica
como a Igreja Apostólica. O protestantismo histórico sempre reconheceu a Raiz
Apótolica da Igreja Católica.
Com o Protestantismo
Pentecostal oriundo do início do séc XX, o discurso mudou (sejamos francos,
muita coisa mudou no protestantismo depois deste movimento....). Agora a Igreja Católica não era mais a
Igreja Apostólica, mas sim oriunda do séc IV, através de Constantino. Mas este argumento
absurdo não é o foco deste meu artigo.
Agora o Protestantismo tem
dito que não é protestante. Isto é, que
não tem origem nas sucessivas dissidências após a ruptura com a Igreja
Católica; mas que, sempre existiu, até mesmo na era apostólica.
Os principais defensores
desta tese são os Batistas.
O argumento defensivo
protestante mudou, mas a forma de implementá-lo não. Como diz o ditado
"papel aceita tudo". É muito fácil afirmar isso ou aquilo, difícil
mesmo é provar.
Novamente nossos irmãos
separados apresentam uma enchurrada
de argumentos subjetivos, que não podem provar. Seria muito bom se pudessem
apresentar algum escrito patrístico (obra cristã antiga que os primeiros
cristãos nos deixaram como testemunho de sua fé) em que encontrássemos a fé
Batista, ou Luterana, ou de qualquer outra denominação, demostrando
objetivamente o que dizem.
Fazem isso? NÃO. E sabem por que? Porque
não podem, já que até o séc XVI, nenhum cristão professava a fé
Protestante. A apresentação de provas é um procedimento legítimo daquele que
está com a Verdade, para demonstrar que está de posse dela. Nenhum mentiroso pode apresentar provas da
Mentira, já que não existe registro de algo que não aconteceu.
Ao contrário dos protestantes, nós Católicos podemos
apresentar provas do que dizemos.
Como estamos com a Verdade
Única e Imutável, temos plenas condições de apresentar provas, isto é, de
apresentar testemunhos dos primeiros cristãos que corroboram com a fé Católica,
mostrando a legitimidade da Igreja Católica e a antiguidade de Sua Existência e
Sua Doutrina, vejam alguns exemplos:
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Sobre o nome da Igreja
"Onde quer que se
apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade, assim como a presença de
Cristo Jesus nos assegura a presença da Igreja Católica"(Santo Inácio aos Esmirniotas - 107 DC)
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Sobre o Primado de Pedro
"Depois da
ressurreição, diz o Senhor: 'Apascenta as minhas ovelhas'. Assim o Senhor
edifica sobre Pedro a Igreja e lhe confia as suas ovelhas para apascentá-las.
Se bem que dê igual poder a todos os Apóstolos, constitui uma só cátedra e
dispõe, por sua autoridade, a origem e o motivo da unidade. Por certo os demais
Apóstolos eram como Pedro, mas o primado é dado a Pedro e a unidade da Igreja e
da cátedra é assim demonstrada. Todos são pastores mas, como se vê, um só é o
rebanho apascentado pelo consenso unânime de todos os Apóstolos. Julga
conservar a fé aquele que não conserva esta unidade recomendada por Paulo?
Confia estar na Igreja aquele que abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está
fundada a Igreja?" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)
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São Pedro foi Bispo de
Roma
"[...]quanto a Lino,
cuja presença junto dele [do Apóstolo Paulo] em Roma foi registrada na 2ª carta
a Timóteo [cf. 2Tm 4,21], depois de Pedro foi o primeiro a obter ali o
episcopado, conforme mencionamos mais acima." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,8 - 317 d.C).
"[...]Alexandre
recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo"
(Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,1 -
317 d.C).
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São Pedro sofreu o
martírio em Roma
"Tendo vindo ambos a
Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A
seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por
fim, sofreram o martírio simultaneamente" (Dionísio de Corinto, ano 170, extrato de uma de suas cartas aos Romanos
conforme fragmento conservado na HE II,25,8).
"Eu, porém, posso
mostrar o troféu dos Apóstolos [Pedro e Paulo]. Se, pois, quereis ir ao
Vaticano ou à Via Ostiense, encontrarás os troféus dos fundadores desta
Igreja" (Discurso contra Probo -
Caio presbítero de Roma, + ou - 199 d.C).
Eusébio também trata
deste escrito em HE II,25,7.
"Pedro, finalmente
tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo" (Orígenes, +253, conforme fragmento conservado na HE,
III,1).
"Quando Nero viu
consolidado seu poder, começou a empreender ações ímpias e muniu-se contra o
culto do Deus do universo. [...] Foi também ele, o primeiro de todos os
figadais inimigos de Deus, que teve a presunção de matar os apóstolos. Com
efeito, conta-se que sob seu reinado Paulo foi decapitado em Roma. E ali igualmente
Pedro foi crucificado [cf. Jo 21,18-19; 2Pd 1,14]. Confirmam tal asserção os
nomes de Pedro e de Paulo, até hoje atribuídos aos cemitérios da cidade."
(Eusébio Bispo de Cesaréia -
HE,II,25,1-5 - 317 d.C).
"Pedro, contudo,
parece ter pregado aos judeus da Diáspora, no Ponto, na Galácia, na Bitínia, na
Capadócia e na Ásia [cf. 1Pd 1,1), e finalmente foi para Roma, onde foi
crucificado de cabeça para baixo, conforme ele mesmo desejara sofrer." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE III,2 - 317 d.C)
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Sobre o Primado da
Igreja de Roma sobre as Demais
"Já que seria
demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades,
nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por
todos, fundada e constituída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo.
Mostraremos que a tradição apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou
aos homens chegaram até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo
assim todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser
encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade superior, é
necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é, os fiéis do mundo
inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos apóstolos" (Ireneu
de Lião, +202, Contra as Heresias III,3,2).
" Após termos
discutido sobre os Escritos dos profetas e as Escrituras evangélicas e
apostólicas acima, sobre os quais a Igreja Católica está fundada pela graça de
Deus, também achamos necessário dizer, embora a Igreja Católica universalmente
esteja difundida sobre todo o mundo, sendo a única noiva de Cristo, que à Santa
Igreja romana é dado o primeiro lugar sobre as demais igrejas, não por decisão
sinoidal, mas sim pela voz do Senhor, nosso Salvador, pois no Evangelho obteve
a primazia: "Tu és Pedro" - Ele disse - "e sobre esta pedra
edificarei a Minha Igreja e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela; e
te darei as chaves do Reino dos Céus e tudo o que ligardes sobre a Terra será
também ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra será também
desligado no Céu"."(Decreto
Gelasiano, 384 d.C)
". Portanto, primeira
é a cátedra da Igreja romana, do apóstolo Pedro, por não haver qualquer mancha,
ruga ou qualquer outro [defeito]. Porém, o segundo lugar foi concedido, em nome
do bem-aventurado Pedro, a Marcos, seu discípulo e autor do Evangelho, para
Alexandria. Ele mesmo escreveu a Palavra da Verdade, no Egito, conforme [ouvira
do] apóstolo Pedro; lá foi gloriosamente consumada [sua vida] no martírio. O
terceiro lugar é guardado por Antioquia, do bem-aventurado e venerável apóstolo
Pedro, que ali viveu antes de vir à Roma e onde pela primeira vez foi ouvido o
nome da nova raça: cristãos." (Decreto
Gelasiano, 384 d.C)
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A Igreja de Cristo é Una
e Visível
"A Igreja é uma só,
embora abranja uma multidão pelo contínuo aumento de sua fecundidade. Assim
como há uma só luz nos muitos raios do sol, uma só árvore em muitos ramos, um
só tronco fundamentado em raízes tenazes, muitos rios em uma única fonte, assim
também esta multidão guarda a unidade da origem, se bem que pareça dividida por
causa da inumerável profusão dos que nascem. A unidade da luz não comporta que
se separe um raio do centro solar; um ramo quebrado da árvore não cresce;
cortado da fonte, o rio seca imediatamente. Do mesmo modo, a Igreja do Senhor,
como luz derramada, estende seus raios em todo o mundo e é uma única luz que se
difunde sem perder a própria unidade. Ela desdobra os ramos por toda a terra
com grande fecundidade; estende-se ao longo dos rios com toda a liberalidade e,
no entanto, é uma na cabeça, uma pela origem, uma só mão imensamente fecunda.
Nascemos todos do seu ventre, somos nutridos com seu leite e animados por seu
Espírito" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)
"Quem é tão ímpio e
perverso, tão enlouquecido pelo delírio da discórdia que julgue poder ou que
ouse dividir a unidade de Deus, a veste do Senhor, a Igreja de Cristo? O
próprio Senhor adverte e ensina no Evangelho: 'Haverá um só pastor e um só
rebanho'. Pensa alguém que em um só lugar poderá haver muitos rebanhos e muitos
pastores? Também o Apóstolo Paulo, insinuando esta mesma unidade, suplica,
exorta e recomenda: 'Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que
digais a mesma coisa e não haja cisões entre vós. Sede propensos no mesmo
espírito e à mesma sentença'. Ainda outra vez: 'Suportai-vos mutuamente no amor
da paz, fazendo tudo para conservar a unidade do espírito no vínculo da paz'.
Acreditas que podes subsistir afastado da Igreja, procurando para ti outras
moradas? Disseram a Raab, que prefigurava a Igreja: 'Reune contigo, em casa,
teu pai, tua mãe, teus irmãos, toda a tua família. E quem ultrapassar a porta
de tua casa, responderá por si'. Do mesmo modo como o mistério da Páscoa
significa, na lei do Êxodo, a mesma unidade, o cordeiro que é morto, figurando
a Cristo, deve ser comido numa só casa. Deus disse: 'Será comido em uma só
casa. Não lanceis a carne fora de casa'. A carne de Cristo, do Santo do Senhor,
não pode ser lançada fora. E não há para os fiéis outra casa senão a
Igreja." (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)
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Sobre a Sucessão
Apostólica
"Os apóstolos
receberam do Senhor Jesus Cristo o Evangelho que nos pregaram. Jesus Cristo foi
enviado por Deus. Cristo, portanto, vem de Deus, e os apóstolos vêm de Cristo.
As duas coisas, em ordem, provêm, da vontade de Deus. Eles receberam instruções
e, repletos de certeza, por causa da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo,
fortificados pela palavra de Deus e com plena certeza dada pelo Espírito Santo,
saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar. Pregavam pelos campos
e cidades, e aí produziam sua primícias, provando-as pelo Espírito, a fim de
instituir com elas bispos e diáconos dos futuros fiéis. Isso não era algo novo:
desde há muito tempo, a Escritura falava dos bispos e dos diáconos. Com efeito,
em algum lugar está escrito: "Estabelecerei seus bispos na justiça e seus
diáconos na fé." (São Clemente, + 90, Primeira Carta aos Corínitos,42)
"Nossos apóstolos
conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que haveria disputas por causa da
função episcopal. Por este motivo, prevendo exatamente o futuro, instituíram
aqueles de quem falávamos antes, e ordenaram que, por ocasião de morte desses,
outros homens provados lhes sucedessem no ministério. Os que foram
estabelecidos por eles ou por outros homens eminentes, com a aprovação de toda
a Igreja, e que serviram irrepreensivelmente ao rebanho de Cristo, com
humildade, calma e dignidade, e que durante muito tempo receberam o testemunho
de todos, achamos que não é justo demiti-los de sua funções. Para nós, não
seria culpa leve se exonerássemos do episcopado aqueles que apresentaram os
dons de maneira irrepreensível e santa. Felizes os presbíteros que percorreram
seu caminho e cuja vida terminou de modo fecundo e perfeito. Eles não precisam
temer que alguém os afaste do lugar que lhes foi designado. E nós vemos que,
apesar da ótima conduta deles, removestes alguns da funções que exerciam de modo
irrepreensível e honrado." (São Clemente, + 90, Primeira Carta aos
Corínitos,44)
"Já que seria
demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em todas as comunidades,
nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e a mais antiga, conhecida por todos,
fundada e constituída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. "
(Ireneu de Lião, +202, Contra as Heresias III,3,2).
"Depois de ter assim
fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados Apóstolos transmitiram a Lino
o cargo do episcopado... Anacleto lhe sucede. Depois, em terceiro lugar a
partir dos Apóstolos, é a Clemente que cabe o episcopado... A Clemente sucedem
Evaristo, Alexandre; em seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é
instituído Sixto, depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois
Higino, Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o
episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos" (Ireneu de
Lião, +202, Contra as Heresias III,2,1s). (Nota minha: essa frase destroi qualquer protestante)
"Foi primeiramente na
Judéia que eles (os Apóstolos escolhidos e enviados por Jesus Cristo)
implantaram a fé em Jesus
Cristo e estabeleceram comunidades. Depois partiram pelo
mundo afora e anunciaram às nações a mesma doutrina e a mesma fé. Em cada
cidade fundaram Igrejas, às quais, desde aquele momento, as outras Igrejas
emprestam a estaca da fé e a semente da doutrina; aliás, diariamente
emprestam-nas, para que se tornem elas mesmas Igrejas. A este título mesmo são
consideradas comunidades apostólicas, na medida em que são filhas das Igrejas apostólicas.
Cada coisa é necessariamente definida pela sua origem. Eis por que tais
comunidades, por mais numerosas e densas que sejam, não são senão a primitiva
Igreja apostólica, da qual todas procedem... Assim faz-se uma única tradição de
um mesmo Mistério" (Tertuliano, + 202, De Praescriptione Haereticorum
2, 4-7.9).
"Depois do martírio de
Pedro e Paulo, o primeiro a obter o episcopado na Igreja de Roma foi Lino.
Paulo, ao escrever de Roma a Timóteo, cita-o na saudação final da carta [cf.
2Tm 4,21]." (Eusébio Bispo de
Cesaréia - HE,III,2 - 317 d.C).
"[...]Alexandre
recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo"
(Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,1 -
317 d.C).
"A Clemente [3º
sucessor de São Pedro na Cáthedra de Roma] sucedeu Evaristo; a Evaristo,
Alexandre, depois, em sexto lugar desde os apóstolos, foi estabelecido Xisto;
logo, Telésforo, que prestou glorioso testemunho; em seguida, Higino; após
este, Pio, e depois, Aniceto. Tendo sido Sotero o sucessor de Aniceto, agora
detém o múnus espiscopal Eleutério, que ocupa o duodécimo lugar na sucessão
apostólica. Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a tradição
proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até nós." (História Eclesiástica Livro V, 6,4-5. Eusébio de
Cesaréia, + ou - 317 d.C).
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Sobre a Eucaristia
"Não me agradam comida
passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão de Deus que é carne de Jesus
Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o sangue d'Ele, que é Amor
incorruptível". (Carta aos
Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C.)
"Apartai-vos das ervas
daninhas que Jesus Cristo não cultiva, por não serem plantação do Pai. Não que
tenha encontrado em vosso meio discórdias, pelo contrário encontrei um povo
purificado. Na verdade, o que são propriedade de Deus e de Jesus Cristo estão
com o Bispo, e todos os que se converterem e voltarem à unidade da Igreja,
pertencerão também a Deus, par terem uma vida segundo Jesus Cristo. Não vos
deixeis iludir, meus irmãos. Se alguém seguir a um cismático, não herdará o
reino de Deus se alguém se guiar por doutrina alheia, não se conforma com a
Paixão de Cristo. Sede solícitos em tomar parte numa só Eucaristia, porquanto
uma é a carne de Nosso Senhor Jesus Cristo, um o cálice para a união com Seu
sangue; um o altar, assim como também um é o Bispo, junto com seu presbitério e
diáconos, aliás meus colegas de serviço. E isso, para fazerdes segundo Deus o
que fizerdes" . (Santo Inácio de Antioquia,Carta aos Filadelfienses,3 e
4, + 110 d.C.)
"Esta comida nós
chamamos Eucaristia, da qual ninguém é permitido participar, exceto o que creia
que as coisas nós ensinamos são verdadeiras, e tenha recebido o batismo para
perdão de pecados e renascimento, e que vive como Cristo nos ordenou. Nós não
recebemos essas espécies como pão comum ou bebida comum; mas como Cristo Jesus
nosso Salvador, que se encarnou pela Palavra de Deus, se fez carne e sangue
para nossa salvação, assim também nós temos ensinado que o alimento consagrado
pela Palavra da oração que vem dele, de que a carne e o sangue são, por
transformação, a carne e sangue daquele Jesus Encarnado." - (São Justino, I Apologia, Cap. 66, cerca de 148-155 d.C.)
"Deus tem portanto
anunciado que todos os sacrifícios oferecidos em Seu Nome, por Jesus
Cristo, que está, na Eucaristia do Pão e do Cálice, que são oferecidos por nós
cristãos em toda parte do mundo, são agradáveis a Ele." - (São Justino,Diálogo com Trifão, Cap. 117, 130-160 d.C.)
"Outrossim, como eu
disse antes, concernente os sacrifícios que vocês, naquele tempo, ofereciam,
Deus fala através de Malaquias, um dos doze, como segue: 'Eu não tenho nenhum
prazer em você, diz o Senhor; e Eu não aceitarei os sacrifícios de suas mãos;
do nascer do sol até seu ocaso, meu Nome tem sido glorificado dentre os
gentios; e em todo o lugar incenso é oferecido em meu Nome, e uma oferta
pura: Grande tem sido meu nome dentre os gentios, diz o Senhor; mas você O
profana.' Assim são os sacrifícios oferecidos a Ele, em todo lugar, por nós os
gentios, que são o Pão da Eucaristia e igualmente a taça da Eucaristia, que Ele
falou naquele tempo; e Ele diz que nós glorificamos Seu nome, enquanto vocês O
profanam." (São Justino,Diálogo com Trifão, [41, 8-10], 130-160
d.C.)
"[Cristo] declarou
o cálice, uma parte de criação, por ser seu próprio Sangue, pelo qual faz nosso
sangue fluir; e o pão, uma parte de criação, ele estabeleceu como seu próprio
Corpo, pelo qual Ele completa nossos corpos." (Santo Irineu de Lião, Contra Heresias, 180 d.C.)
"Assim então, se a
taça misturada e o pão fabricado recebem a Palavra de Deus e tornam-se
Eucaristia, que é dizer, o Sangue e Corpo de Cristo, que fortifica e reconstrói
a substância de nossa carne, como podem essas pessoas dizer que a carne é
incapaz de receber o presente de Deus que é a vida eterna, quando isto é feito
pelo Sangue e Corpo de Cristo, que são Seu membro? Como o apóstolo abençoado
diz em sua carta aos Efésios, 'Nós somos membros de Seu Corpo, de sua carne e
de seus ossos' (Ef 5,30). Ele não está falando de forma 'espiritual' e de '
homem invisível', 'um espírito não tem carne e ossos' (Lc 24,39). Não, ele está
falando do organismo possuído por um ser humano real, composto de carne e
nervos e esqueleto. Isto é este que é nutrido pela taça que é Seu Sangue, e é
fortificado pelo pão que é Seu Corpo. O talo da vinha toma raiz na terra e
futuramente dá frutos, e 'o grão de trigo cai na terra' (Jo 12,24), dissolve,
ascende outra vez, multiplicado pelo Espírito de Deus, e finalmente depois é
processando, é colocado para uso humano. Esses dois então recebe a Palavra de
Deus e torna-se Eucaristia, que é o Corpo e Sangue de Cristo." (Cinco Livros = Desmascarando e
Refutando a Falsidade)
"Somente como o pão
que vem da terra, tendo recebido a invocação de Deus, não é mais pão comum, mas
Eucaristia, consistindo de duas realidades, divina e terrestre, assim nossos
corpos, tendo recebidos a Eucaristia, não são mais corruptíveis, porque eles
têm a esperança da ressurreição." - "Cinco Livros = Desmascarando e Refutando a
Falsidade - especificamente a Gnose". Livro 4,18; 4-5, cerca de 180 d.C.
"O Sangue do
Senhor, realmente, é duplo. Há Seu Sangue corpóreo, por que nós somos redimidos
da corrupção; e Seu Sangue espiritual, com que nós somos ungido. Que significa:
beber o Sangue de Jesus é compartilhar sua imortalidade. O vigor da Palavra é o
Espírito somente como o sangue é o vigor do corpo. Do mesmo modo, como vinho é
misturado com água, assim é o Espírito com o homem. O Único, o Vinho e Água
nutrido na fé, enquanto o outro, o Espírito, conduzindo-nos para a imortalidade.
A união de ambos, entretanto, - da bebida e da Palavra, - é chamada Eucaristia,
digna de louvor e presente excelente. Aqueles que partilham disto na fé são
santificados no corpo e na alma. Pela vontade do Pai, a mistura divina, homem,
está misticamente unida ao Espírito e à Palavra." (São Clemente de Alexandria, O Instrutor das Crianças". [2,2,19,4] +
- 202.)
"A Palavra é tudo
para uma criança: ambos Pai e Mãe, ambos Instrutor e Enfermeira. 'Comam minha
Carne,' Ele diz, 'e Bebam meu Sangue.' O Senhor nos nutre com esses nutrientes
íntimos. Ele nos entrega Sua Carne, e nos dá Seu Sangue; e nada é escasso para
o crescimento de Suas crianças. Oh mistério incrível!". (São Clemente de Alexandria, O Instrutor das Crianças [1,6,41,3] + - 202.)
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Sobre o Batismo de
Crianças
"Ele (Jesus) veio
para salvar a todos através dele mesmo, isto é, a todos que através dele são
renascidos em Deus: bebês, crianças, jovens e adultos. Portanto, ele
passa através de toda idade, torna-se um bebê para um bebê, santificando os
bebês; uma criança para as crianças, santificando-as nessa idade...(e assim por
diante); ele pode ser o mestre perfeito em todas as coisas, perfeito não
somente manifestando a verdade, perfeito também com respeito a cada idade" (Santo Irineu, 202 dC - Contra Heresias II,22,4).
"Onde não há
escassez de água, a água corrente deve passar pela fonte batismal ou ser
derramada por cima; mas se a água é escassa, seja em situação constante, seja
em determinadas ocasiões, então se use qualquer água disponível. Dispa-se-lhes
de suas roupas, batize-se primeiro as crianças, e se elas podem falar,
deixe-as falar. Se não, que seus pais ou outros parentes falem por elas" (Hipólito, 215 dC, Tradição Apostólica 21,16).
"A Igreja recebeu
dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. Os apóstolos,
aos quais foi dado os segredos dos divinos sacramentos sabiam que havia
em cada pessoa inclinações inatas do pecado (original), que deviam ser lavadas
pela água e pelo Espírito" (Orígenes, ano 248
- Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5,9)
"Do batismo e da
graça não devemos afastar as crianças" (São Cipriano, ano 248 - Carta a Fido).
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A Tradição dos Apóstolos
foi fielmente conservada
"Em primeiro lugar
[Inácio de Antioquia], acautelava-se a conservar firmemente a tradição dos
apóstolos que, por segurança, julgou necessário fixar ainda por escrito. Estava
já prestes a ser martirizado." (História
Eclesiástica Livro III, 36,4. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"Em teu favor, não
hesitarei em aditar às minhas explanações que aprendi outrora dos presbíteros e
cuja lembrança guardei fielmente, a fim de corroborar a manifestação da
verdade." (Pápias Bispo de
Hierápolis, - ou - 120 d.C).
"Pápias, de quem nos
ocupamos agora, reconhece ter recebido as palavras dos apóstolos por meio dos
que com eles conviveram; declara, além disso, ter sido ele mesmo ouvinte de
Aristion e do presbítero João. De fato, cita-os com freqüência nominalmente em
seus escritos, referindo as palavras que transmitiram.Não foi ocioso ter dito
tais coisas. É justo acrescentar às palavras supramencionadas de Pápias umas
narrações ainda de fatos extraordinários e outras que chegaram até ele por meio
da tradição." (História
Eclesiástica Livro III, 39,7-8. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"Floresciam nesta
época na Igreja [tempo do Imperador Vero, por volta de 140 d.C], Hegesipo, já
conhecido pelas narrações precedentes; Dionísio, bispo de Corinto; Pintos,
bispo de Creta. Além disso, Filipe, Apolinário, Melitão, Musano e Modesto, e
sobretudo Ireneu. Através de todos eles, chegou até nós por escrito a ortodoxia
da tradição apostólica, a verdadeira fé." (História Eclesiástica Livro IV, 21. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"Ora, sob [o
episcopado de] Clemente, grave divergência surgiu entre os irmãos de Corinto. A
Igreja de Roma enviou aos coríntios importante carta, exortando-os à paz e
procurando reavivar-lhes a fé, assim como a tradição que, há pouco tempo, ela
havia recebido dos apóstolos." (História
Eclesiástica Livro IV, 6,3. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"Esses mestres
[Policarpo, Ireneu, Pápias, Justino, Clemente de Roma, Clemente de Alexandria,
entre outros pois a lista é grande], que guardaram a verdadeira tradição da
feliz doutrina recebida, como que transmitida de pai a filho, oriunda
imediatamente dos santos Apóstolos Pedro e Tiago, João e Paulo (poucos são,
contudo os filhos semelhantes aos pais), chegaram até nossos dias, por dom de
Deus, a fim de lançar as sementes de seus antepassados e dos apóstolos em
nossos corações" (História
Eclesiástica Livro V, 11,5. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"Impossível enumerar
nominalmente todos os que então, desde a primeira sucessão dos Apóstolos,
tornaram-se pastores ou evangelistas nas Igrejas pelo mundo. Nominalmente
confiamos a um escrito apenas a lembrança daqueles cujas obras ainda agora
representam a tradição da doutrina apostólica" (História Eclesiástica Livro III, 37,4. Eusébio de
Cesaréia, + ou - 317 d.C).
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Veneração dos Santos
"Ignoravam eles que
não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos
aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem
prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus.
Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores
do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e
mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!" (Martírio de Policarpo 17:2, +- 160 D.C).
"Vendo a rixa
suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar,
como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de
Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o
ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor
nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o
aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e
para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro." (Martírio de Policarpo 18, +- 160 D.C)
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Cânon Bíblico
"Cânon 36 - Parece-nos
bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome
'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese,
Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos
Reinos, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de
Davi, cinco livros de Salomão, doze livros dos Profetas,
Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de
Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo Testamento: quatro
livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze
epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de
Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João.
Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar.
É também permitida a leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus
respectivos aniversários" (Concílio de Hipona,
08.Out.393).
"Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão, doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Isto se fará saber também ao nosso santo irmão e sacerdote, Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou a outros bispos daquela região, para que este cânon seja confirmado, pois foi isto que recebemos dos Padres como lícito para ler na Igreja" (Concílio de Cartago III (397) e Concílio de Cartago IV (419)).
"Tratemos agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se dever ter como Sagradas Escrituras: um livro do Gênese, um livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um livro de Rute; quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos; um livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um do Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de Malaquias. Um de Jó, um de Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de Esdras, dois dos Macabeus. Um evangelho segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas, um segundo João. [Epístolas:] a dos Romanos, uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a dos Tessalonicenses, duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos Colossences, uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus, uma. Apocalipse de João apóstolo; um, Atos dos Apóstolos, um. [Outras epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João apóstolo, uma; do outro João presbítero, duas; de Judas, o zelota, uma. (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o pontificado de São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382)
"Quais os livros aceitos no cânon das Escrituras, o breve apêndice o mostra: Cinco livros de Moisés, isto é, Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Um livro de Josué, filho de Num; um livro dos Juízes; quatro livros dos Reinos; e Rute. Dezesseis livros dos Profetas; cinco livros de Salomão; o Saltério. Livros históricos: um de Jó, um de Tobias, um de Ester, um de Judite, dois dos Macabeus, dois de Esdras, dois dos Paralipômenos. Do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos; quatorze epístolas do apóstolo Paulo, três de João, duas de Pedro, uma de Judas, uma de Tiago; os Atos dos Apóstolos; e o Apocalipse de João" (Papa Inocêncio I, 20.02.405; Carta "Consulenti Tibi" a Exupério, bispo de Tolosa).
"Devemos agora tratar das Escrituras Divinas. Vejamos o que a Igreja Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado: Começa a ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo, um do Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho de Nun), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos, um livro de Salmos, três livros de Salomão (um dos Provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos Cânticos). Ainda um livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. A ordem dos Profetas: um livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth (isto é, as suas Lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias e um de Malaquias. A ordem dos livros históricos: um de Jó, um de Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos Macabeus. A ordem das escrituras do Novo Testamento, que a Santa e Católica Igreja Romana aceita e venera são: quatro livros dos Evangelhos (um segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas e um segundo João). Ainda um livro dos Atos dos Apóstolos. As 14 epístolas de Paulo Apóstolo: uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Efésios, duas aos Tessalonicenses, uma aos Gálatas, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon e uma aos Hebreus. Ainda um livro do Apocalipse de João. Ainda sete epístolas canônicas: duas do Apóstolo Pedro, uma do Apóstolo Tiago, uma de João Apóstolo, duas epístolas do outro João (presbítero) e uma de Judas Apóstolo (o zelota)" (Papa S. Gelásio, 384; Decreto Gelasiano; repetido em 520 pelo papa S. Hormisdas. Seguido também pelo Concílio Ecumênico de Florença15 [1438-1445], e novamente ratificado pelos Concílio de Trento16 [1546-1563] e Vaticano I [1870])).
"Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão, doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Isto se fará saber também ao nosso santo irmão e sacerdote, Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou a outros bispos daquela região, para que este cânon seja confirmado, pois foi isto que recebemos dos Padres como lícito para ler na Igreja" (Concílio de Cartago III (397) e Concílio de Cartago IV (419)).
"Tratemos agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se dever ter como Sagradas Escrituras: um livro do Gênese, um livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um livro de Rute; quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos; um livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um do Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de Malaquias. Um de Jó, um de Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de Esdras, dois dos Macabeus. Um evangelho segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas, um segundo João. [Epístolas:] a dos Romanos, uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a dos Tessalonicenses, duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos Colossences, uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus, uma. Apocalipse de João apóstolo; um, Atos dos Apóstolos, um. [Outras epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João apóstolo, uma; do outro João presbítero, duas; de Judas, o zelota, uma. (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o pontificado de São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382)
"Quais os livros aceitos no cânon das Escrituras, o breve apêndice o mostra: Cinco livros de Moisés, isto é, Gênese, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Um livro de Josué, filho de Num; um livro dos Juízes; quatro livros dos Reinos; e Rute. Dezesseis livros dos Profetas; cinco livros de Salomão; o Saltério. Livros históricos: um de Jó, um de Tobias, um de Ester, um de Judite, dois dos Macabeus, dois de Esdras, dois dos Paralipômenos. Do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos; quatorze epístolas do apóstolo Paulo, três de João, duas de Pedro, uma de Judas, uma de Tiago; os Atos dos Apóstolos; e o Apocalipse de João" (Papa Inocêncio I, 20.02.405; Carta "Consulenti Tibi" a Exupério, bispo de Tolosa).
"Devemos agora tratar das Escrituras Divinas. Vejamos o que a Igreja Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado: Começa a ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo, um do Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho de Nun), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos, um livro de Salmos, três livros de Salomão (um dos Provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos Cânticos). Ainda um livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. A ordem dos Profetas: um livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth (isto é, as suas Lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias e um de Malaquias. A ordem dos livros históricos: um de Jó, um de Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos Macabeus. A ordem das escrituras do Novo Testamento, que a Santa e Católica Igreja Romana aceita e venera são: quatro livros dos Evangelhos (um segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas e um segundo João). Ainda um livro dos Atos dos Apóstolos. As 14 epístolas de Paulo Apóstolo: uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Efésios, duas aos Tessalonicenses, uma aos Gálatas, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon e uma aos Hebreus. Ainda um livro do Apocalipse de João. Ainda sete epístolas canônicas: duas do Apóstolo Pedro, uma do Apóstolo Tiago, uma de João Apóstolo, duas epístolas do outro João (presbítero) e uma de Judas Apóstolo (o zelota)" (Papa S. Gelásio, 384; Decreto Gelasiano; repetido em 520 pelo papa S. Hormisdas. Seguido também pelo Concílio Ecumênico de Florença15 [1438-1445], e novamente ratificado pelos Concílio de Trento16 [1546-1563] e Vaticano I [1870])).
Para colocar todos os
pingos nos "ís" seria necessário escrever uma obra bem mais extensa
que este artigo. No entanto, espero que os testemunhos antigos aqui relatados
sirvam para uma melhor reflexão daqueles que buscam a Verdade.
Para finalizar vejam na
opinião dos primeiros Cristãos onde está a Verdade
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Onde está a Verdadeira
Doutrina Cristã
"Mas a Igreja de
Éfeso, fundada por Paulo e onde João permaneceu até o tempo de Trajano, é
também testemunha genuína da tradição dos apóstolos" (Contra as Heresias, Santo Ireneu Bispo de Lião, + ou
- 202 d.C).
"Nesta ocasião [tempo
do Imperador Vero. Meados do segundo século e início do terceiro], muitos
homens da Igreja lutaram em prol da verdade com eloqüência e defenderam as
proposições apostólicas e eclesiásticas. Alguns até, com seus escritos,
deixaram aos pósteros uma profilaxia contra as heresias que acabamos de
citar" (História Eclesiástica Livro
IV, 7,5. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"A Clemente [3º
sucessor de São Pedro na Cáthedra de Roma] sucedeu Evaristo; a Evaristo,
Alexandre, depois, em sexto lugar desde os apóstolos, foi estabelecido Xisto;
logo, Telésforo, que prestou glorioso testemunho; em seguida, Higino; após
este, Pio, e depois, Aniceto. Tendo sido Sotero o sucessor de Aniceto, agora
detém o múnus espiscopal Eleutério, que ocupa o duodécimo lugar na sucessão
apostólica. Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a tradição
proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até nós." (História Eclesiástica Livro V, 6,4-5. Eusébio de
Cesaréia, + ou - 317 d.C).
"E quando, por nossa
vez, os levamos [os hereges] à Tradição que vem dos apóstolos e que é
conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõe à
Tradição, dizendo que, sendo eles mais sábios do que os presbíteros, não
somente, mas até dos apóstolos, foram os únicos capazes de encontrar a pura
verdade." (Contra as Heresias, III,2,1, Santo Ireneu Bispo de Lião, +
ou - 202 d.C)
"Portanto, a tradição
dos apóstolos, que foi manifestada no mundo inteiro, pode ser descoberta e toda
igreja por todos os que queiram ver a verdade. Poderíamos enumerar aqui os
bispos que foram estabelecidos nas igrejas pelos apóstolos e seus sucessores
até nós; e eles nunca ensinaram nem conheceram nada que se parecesse com o que
essa gente [os hereges] vai delirando. [...] Mas visto que seria coisa bastante
longa elencar numa obrar como esta, as sucessões de todas as igrejas,
limitar-nos-emos à maior e mais antiga e conhecida por todos, à igreja fundada
e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e Paulo, e,
indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos homens,
que chegou até nós pelas sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de
alguma forma, quer por enfatuação ou vanglória, que por cegueira ou por
doutrina errada, se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Com efeito,
deve necessariamente estar de acordo com ela, por causa da sua origem mais
excelente, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, porque nela
sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva dos
apóstolos." (Contra as Heresias,
III,3,1-2, Santo Ireneu Bispo de Lião, + ou - 202 d.C)
___________________________________________________________________________________
O Protestantismo só deixará
de ser protestante quando não protestar mais contra a Igreja Santa Una Católica
e Apostólica.
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